ARTIGO: Um olho no campo e outro na gestão

Paulo Melo

Melhorar os conhecimentos administrativos é condição imprescindível para a própria sobrevivência do empreendimento


Grande parte da produção agrícola e pecuária do Brasil seguem tradições familiares quase centenárias. Muitos proprietários ainda administram suas fazendas como o pai ou o avô. Ou seja, com nível de gestão próximo a zero. 

Uma pesquisa da INOVA GESTÃO mostra o foco quase exclusivo na terra e descuido no escritório. Foram ouvidos 179 produtores de milho safrinha do Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Desse total, 19% contrataram profissionais com curso superior na safra anterior e, dessa parcela, 85% são agrônomos e apenas 23%, administradores de empresas ou contabilistas. 

No Brasil, a empresa rural e o agronegócio têm sua evolução contábil tardia e os conhecimentos sobre as técnicas de contabilidade rural estão sendo difundidas entre os agricultores com maior ênfase, nas últimas décadas. 

Responsável pelo planejamento (produção e finanças), organização (produção e administração), direção de seus subalternos diretos e controle (produção, administração e finanças), o administrador precisa ter noção exata da rentabilidade de sua atividade produtiva, os resultados obtidos e como eles podem ser otimizados por meio de avaliação de resultados, fontes de receitas e tipos de despesas e como melhorar as receitas e reduzir as despesas. 

Melhorar os conhecimentos administrativos é condição imprescindível para a própria sobrevivência da empresa. Mais que conhecer e se apossar dos conceitos e técnicas ligadas à contabilidade rural com rapidez, é necessário que o produtor rural entenda-se como um empresário e veja sua propriedade como uma empresa, para poder se manter competitivo e lucrativo e de melhor gerir sua atividade rural. 

Uma medida importante é a separação da contabilidade gerencial da fiscal, das contas bancárias particulares e das contas da empresa. É importante o controle gerencial para que se percebam os problemas operacionais e se avalie o desempenho de cada unidade estratégica do negócio. 

Embora haja uma preocupação em profissionalizar cada vez mais a gestão dos negócios, o produtor brasileiro ainda tem longo caminho a trilhar e precisa, invariavelmente, do acompanhamento de uma consultoria. 

*Paulo Roberto Melo - CEO INOVA GESTÃO, Administrador de Empresas, Goiano, 28 Anos, apaixonado pela Gestão Empresarial. 61 99807-2015

Edilayne Martins

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